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Mostrando postagens de abril, 2009

RUMORES

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Em tempos de crise, Tropeçamos na calçada, A comida azeda, O café cai no chão. Em tempos de crise, Sempre perdemos tempo. Gaguejamos desculpas, Rasgamos bilhetes de loteria. Em tempos de crise, Babamos de raiva, Deixamos remela no olho, Prendemos o dedo na porta, Esquecemos todas as melodias. Em tempos de crise, A dor no peito nos invade, Agonizamos nos corredores, Nos esforçamos, choramos E morremos na praia. Sem chance! Em tempos de crise, Não se acredita nas previsões e o clima nunca é bom. Azia, prisão de ventre, insônia, sinusite. Sem brincadeiras, sem humor, sem sal, sem açúcar. E um futuro tão distante, Que não vale a pena esperar. (Célia Demézio)

DISSONÂNCIAS INSPIRADORAS

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Transpirando suores frios, Impaciente nos pontos de ônibus. Tentando fazer versos por força do hábito, Engolindo o almoço. Ouvindo sons pra lá de antigos, Esperando o sinal abrir. Vivendo calmamente, Sobrevivendo de assuntos mornos. Alguns trocados na carteira, Anéis que vão se perdendo pelo caminho. Jazz... Jazz... Jazz... O tempo parece dissonâncias inspiradoras

VIVO...

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O dia é tão longo ... A vida, nem me diga ... Não me pergunte que hora são. Não sei dizer... Provavelmente temos algum tempo, Antes e depois acordar de mal humor. Enfrentei filas e ônibus cheios Pensando que tudo poderia ser diferente. Mas se não é , Digo com os meus botões, Traga-me uma cerveja gelada E respingos do mar . Estou a esperar... (Célia Demézio)