TOM WAITS
Enquanto minha alma não explode...
Cervejas de madrugadas e cigarros após as refeições.
Sem conseguir dizer qualquer besteira,
Recordo-me do passado, me emboloro
Nesse verão tão estranho do século 21.
E vou realizando algumas tarefas,
Sem vontade nenhuma de dizer sim...
Mas, troco minha má vontade
Pelo ar da Bahia engarrafado...
E assim, galgo os edifícios altos desta baixada santista...
Trépida de medo e enjoo...
E o que mais posso fazer?
Já chorei até o amanhecer...
Dei sorrisos crônicos para meus mil parentes...
Tomei ácido e visitei cemitérios...
O jeito é esperar a chuva passar,
Desejando boa sorte a todos as pessoas de bem e de mal comigo.
Me recolhendo nos inferninhos...
Batucando meus dedos nas toalhas de mesas sujas do Saloon.
(Célia Demézio)
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